De acordo com comunicado, a companhia tem o apoio dos seus parceiros estratégicos, United Airlines e American Airlines, e de seus principais credores, incluindo a AerCap, maior arrendadora de aviões para a empresa. A dívida com a AerCap representa a maior parte das obrigações da Azul com leasing.
“A Azul continua a voar – hoje, amanhã e no futuro. Esses acordos (com os credores) marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio, pois nos permitirá emergir como líderes do setor nos principais aspectos da nossa atividade”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul, no comunicado.
A empresa vinha enfrentando dificuldades financeiras há meses. Rodgerson atribuiu a situação da companhia à "pandemia, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação".
United pode fazer aporte no futuro
De acordo com o comunicado ao mercado, o financiamento de US$ 1,6 bilhão via DIP, mecanismo de aporte financeiro usado por companhias em recuperação judicial, já está acertado. Ele será usado para refinanciar algumas dívidas e prover cerca de US$ 670 milhões em liquidez ao longo do processo.
Ao final da reestruturação, está prevista uma oferta de subscrição de ações de até US$ 650 milhões para quitar parte do empréstimo. Os documentos entregues à Justiça americana também contemplam um possível investimento adicional de até US$ 300 milhões por parte da United Airlines e American Airlines, sujeito a determinadas condições.