Neste 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, é necessário lembrar que exercer o jornalismo continua sendo uma atividade de risco em muitas partes do mundo. Mais do que um direito garantido em constituições democráticas, a liberdade de imprensa é um pilar fundamental para a transparência, a responsabilização dos governos e o fortalecimento das sociedades.
A data foi proclamada em 1993 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em alusão à Declaração de Windhoek, elaborada dois anos antes na Namíbia, durante um seminário da Unesco que destacou a importância de uma imprensa livre, plural e independente.
Segundo o relatório mais recente da Repórteres sem Fronteiras (RSF), mais de 550 jornalistas foram presos em 2024, e pelo menos 45 foram mortos em razão direta de seu trabalho. Muitos atuavam em zonas de conflito, mas outros foram assassinados em países considerados democráticos, ao denunciar corrupção, tráfico de drogas, crimes ambientais e violações de direitos humanos.
Além das mortes e prisões, centenas de profissionais enfrentam perseguição, censura, assédio judicial e ataques digitais. O Brasil ocupa a 92ª posição no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2024 da RSF, com destaque para a violência contra comunicadores em regiões de conflito fundiário, político ou ambiental.
A hostilidade à imprensa cresce também nas redes sociais, onde campanhas de desinformação e discursos de ódio tentam deslegitimar o trabalho da mídia profissional. Mulheres jornalistas são alvos preferenciais de ataques misóginos, enfrentando dupla violência: de gênero e profissional.
TODOS CONTRA A DENGUE