Mourão depõe no STF como testemunha de defesa em investigação sobre tentativa de golpe
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouve nesta sexta-feira (23) o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro. Apesar sequer ser citado no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, Mourão prestará depoimento como testemunha de defesa do general Augusto Heleno.
O senador também será questionado por advogados de Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, que o indicaram como testemunha. Em declarações públicas anteriores, Mourão classificou o plano golpista como "sem pé nem cabeça", elaborado por um grupo de militares que, segundo ele, “escreveram bobagens”.
Artigos Relacionados Além de Mourão, outras oito testemunhas devem ser ouvidas hoje, entre elas o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen, que falará em defesa de Almir Garnier, que à época dos fatos era comandante de Operações Navais — cargo considerado estratégico em caso de mobilização militar. Garnier alega que nenhuma ordem irregular foi dada ou discutida.
As oitivas ocorrem por videoconferência e foram divididas em dois turnos: pela manhã, serão ouvidos indicados por Alexandre Ramagem e uma testemunha de Braga Netto; à tarde, será a vez das testemunhas de Heleno e Garnier. As sessões seguem até 2 de junho.
Os depoimentos começaram nesta semana foram marcados por contradições. Testemunhas, como o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, confirmaram a intenção de Bolsonaro de se manter no poder após a derrota em 2022.
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