Novo exame de sangue é capaz de detectar o Alzheimer com a identificação de importante marcador da doença.
Problema que afeta 11% da população idosa, provoca perda de memória e dificuldade para realizar tarefas do dia a dia, tem relação com a degeneração do sistema nervoso central.
Atualmente, o diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica com investigação de sintomas e exames que detectam a presença de substâncias, entre elas, a proteína beta-amiloide, importante para o funcionamento cerebral.
Em excesso, a proteína se deposita nos tecidos do cérebro e compromete o funcionamento, explicou o neurologista Rodrigo Carvalho à Folha de São Paulo.
O exame lançado recentemente nos Estados Unidos e já oferecido no Brasil é feito por meio da coleta de sangue num processo tecnológico denominado espectrometria em massa.
A técnica permite identificar pequenas quantidades da proteína beta-amiloide no sangue.
A forma mais usual para auxiliar o diagnóstico é a partir da coleta de líquor da coluna vertebral, que concentra a substância marcadora da doença.
Além de mais caro, o procedimento tem algumas contraindicações, por exemplo, para pacientes com processo infeccioso na pele ou problemas de coluna que dificultem a aplicação da agulha para extração do líquido.
Os especialistas destacam que nem todo paciente necessita desse exame, já que o diagnóstico é feito por associação de sintomas e exames.
Mas é de grande importância para tornar mais precisa a identificação da doença, às vezes, confundida com outros problemas provocados por neurodegeneração.
Fonte: Radio 2.